segunda-feira, 13 de junho de 2011

A força

Quando a força da noite
Arrebentar a janela de vidro
Estrelas entrarão no quarto
Para falar ao meu ouvido

Quando a força do sonho
Arrebentar a cabeça de cálcio
Viverei em outro mundo
Quase feito de mim mesmo

Quando a força da vida
Arrebentar o corpo dormente
Levantarei com muito sono
De volta ao velho batente

Quando a força da chuva
Arrebentar o dia agitado
Vou sorrir deitado
E respirar a terra molhada

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Em Vila Kosmo

A vila tem casas
Que respiram o silêncio
Do cosmo imenso
Onde estrelas explodem

O almoço da casa
Me fez muito bem
A chuva me trouxe
Mas o sol ja vem

A felicidade se dissolve
Entre risadas, beijos
E canções improvisadas
Num encontro de gerações

As notas do meu violão
Mostram minha vida
Passando suavemente
No silêncio da canção

Essa é a festa da casa
Entre outras da vila
Que é apenas uma
Dentro do imenso cosmo

domingo, 30 de março de 2008

Poetópico

Lanço meus dígitos negros
Nesse mosaico virtual
Soltos no espaço eletrônico
Presos num infinito mural

Escrevo para você que lê
Na internet, mundo paradoxal
Onde existem conhecidos anônimos
E a distância já não é real